Cristo e os ensinos e fatos que antecedem a crucificação
Textos:
Texto bíblico - Mateus 25 e 26
Texto áureo - Mateus 26.13
Comentários da lição:
Os momentos que antecederam a crucificação se caracterizaram por sentimentos profundamente antagônicos para Jesus. Por um lado Ele viveu os momento de convivência que a relação professor-aluno proporciona, momentos de intimidade e celebração próprios da celebração da páscoa; viveu também, momentos de profunda solidão no Getsêmane, pela falta de solidariedade dos discípulos e de abandono e traição, pelas atitudes dos discípulos, com destaque para os procedimentos de Judas e Pedro.
Texto bíblico - Mateus 25 e 26
Texto áureo - Mateus 26.13
Comentários da lição:
Os momentos que antecederam a crucificação se caracterizaram por sentimentos profundamente antagônicos para Jesus. Por um lado Ele viveu os momento de convivência que a relação professor-aluno proporciona, momentos de intimidade e celebração próprios da celebração da páscoa; viveu também, momentos de profunda solidão no Getsêmane, pela falta de solidariedade dos discípulos e de abandono e traição, pelas atitudes dos discípulos, com destaque para os procedimentos de Judas e Pedro.
Cada um desses momentos, entretanto, foram encarados com uma profunda convicção de que estava fazendo a vontade de Deus e, por isso, apesar da dor imensa ele permanecia firme em seus propósitos.
Mateus 25.31-46 - O ensino sobre a vida eterna
O texto em pauta apresenta Jesus como Juiz, os critérios do seu julgamento e as recompensas que cada pessoa receberá. No primeiro aspecto fica clara a mudança no papel de Jesus em relação à humanidade. Se hoje ele é Salvador e advogado(I Jo. 2.1), na sua volta ele agirá como Juiz. Na condição de salvador, ele é o agricultor que permite que o trigo e o joio cresçam juntos; na condição de juiz, ele separa as ovelhas dos cabritos, definindo os que devem ser salvos dos que estão condenados.
Em relação aos critérios de julgamento, diferentemente do que predominantemente ouvimos, as pessoas não serão julgadas por aquilo que fizeram de errado mas pelo certo que deixaram de fazer. Ainda que, por conveniência, os ensinos de Jesus têm sido espiritualizados por muitos pregadores, não há como negar o forte conteúdo social desses critérios. Neles o mais importante para Deus é que estejamos dispostos, por exemplo, a dividir alimentação, água e vestuário e que manifestemos afeto visitando os enfermos e prisioneiros.
Essa compreensão foi fortalecida pelo ensino de Tiago quando escreveu: " se um irmão ou irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito há nisso? (Tg. 2.15-16). Portanto, podemos concluir que, a omissão diante das necessidades alheias é a maior manifestação da pecaminosidade humana.
Finalmente Jesus esclarece que o salvos experimentarão o pleno domínio de Deus, no seu reino, enquanto os perdidos, o extremo do sofrimento de uma vida sem Deus, juntamente com o diabo e seus anjos.
Mateus 26.17-30 A última páscoa: sua necessidade e importância
Jesus e seus discípulos, como todo judeu, se preparam para comemorar a páscoa. A comemoração da páscoa visava manter viva na mente judaica, a experiência da passagem libertadora de Deus pelo Egito, quando os hebreus eram escravos de Faraó.
Tanto a preparação quando o desenrolar da última páscoa de Jesus contém elementos importantes. Primeiro, a exemplo da entrada em Jerusalém(MT 21.2-3), ocasião em que Jesus dispõe de um animal pertencente, provavelmente, a um dos seus seguidores, na realização da páscoa, Jesus dispõe, também, da casa de um discípulo(MT 26.18). Não é por acaso que Mateus registre a dedicação dos discípulos, que colocam seus bens para serem usados por Jesus. E, certamente, aquele discípulo não tinha noção da importância histórica do seu ato.
E se a páscoa também é solidariedade, comunhão e bom uso do que Deus nos dá (Ex. 12.4), vale lembrar a recomendação bíblica: "Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, sem o saberem, hospedaram anjos" (Heb. 13.2).
Em segundo lugar, o texto é importante por narrar o prenúncio da traição que Jesus sofreria por parte de alguém de sua intimidade(26.20-25).
Em terceiro lugar, as declarações que Jesus faz a respeito de si mesmo (26.26-28), são fundamentais à compreensão do seu papel redentor.
Mateus 26.36-46 - O momento do Getsêmane: a solidão absoluta
O momento do Getsêmani revela de maneira especial alguns traços não somente da humanidade de Jesus mas também da nossa própria humanidade. Nele percebemos um Jesus humano, entristecendo-se e angustiando-se, com o coração dolorido - não somente a dor da morte mas também da rejeição e da traição humanas - chegando ao ponto de colocar seu rosto em terra, isto é, de aproximar-se o mais próximo possível daquilo que realmente somos: pó. Significa, portanto, um ato de humildade profunda.
O texto revela também como nós, seres humanos, reagimos diante do sofrimento alheio. No momento em que Jesus precisava sentir a empatia, a solidariedade de seus discípulos, eles dormiram. Revela, um Jesus que não nega seus próprios sentimentos, seu desejo próprio de não ter que passar pelo calvário mas, especialmente, revela um Jesus que é capaz de submeter seus desejos à consideração divina, com um coração aberto à predominância da vontade de Deus.
O exemplo de Jesus é fundamental em nossos dias, primeiro, porque revela um Jesus com problemas, contrariando a mensagem de algumas correntes religiosas que apresentam a vida do crente como livre de problemas. Em segundo lugar, porque apresenta um Cristo que não reprime, não nega, não mascara seus sentimentos; antes os experimenta em toda a sua profundidade, submetendo-os ao Pai, a fim de que, com a ajuda dEle, sejam superados.
Mateus 26. 47-75 - O abandono e o julgamento de Cristo
A traição é o ato extremo de deslealdade, infidelidade e abandono. É a manifestação explicita da negação da importância do outro ou do medo de reconhecê-la. Talvez por isso ela faça sofrer tanto, os corações que dela são vítimas.
Mateus 26.36-46 - O momento do Getsêmane: a solidão absoluta
O momento do Getsêmani revela de maneira especial alguns traços não somente da humanidade de Jesus mas também da nossa própria humanidade. Nele percebemos um Jesus humano, entristecendo-se e angustiando-se, com o coração dolorido - não somente a dor da morte mas também da rejeição e da traição humanas - chegando ao ponto de colocar seu rosto em terra, isto é, de aproximar-se o mais próximo possível daquilo que realmente somos: pó. Significa, portanto, um ato de humildade profunda.
O texto revela também como nós, seres humanos, reagimos diante do sofrimento alheio. No momento em que Jesus precisava sentir a empatia, a solidariedade de seus discípulos, eles dormiram. Revela, um Jesus que não nega seus próprios sentimentos, seu desejo próprio de não ter que passar pelo calvário mas, especialmente, revela um Jesus que é capaz de submeter seus desejos à consideração divina, com um coração aberto à predominância da vontade de Deus.
O exemplo de Jesus é fundamental em nossos dias, primeiro, porque revela um Jesus com problemas, contrariando a mensagem de algumas correntes religiosas que apresentam a vida do crente como livre de problemas. Em segundo lugar, porque apresenta um Cristo que não reprime, não nega, não mascara seus sentimentos; antes os experimenta em toda a sua profundidade, submetendo-os ao Pai, a fim de que, com a ajuda dEle, sejam superados.
Mateus 26. 47-75 - O abandono e o julgamento de Cristo
A traição é o ato extremo de deslealdade, infidelidade e abandono. É a manifestação explicita da negação da importância do outro ou do medo de reconhecê-la. Talvez por isso ela faça sofrer tanto, os corações que dela são vítimas.
Conquanto Judas tenha entrado para a história como símbolo maior da traição, o texto nos revela, também, a fuga de todos os discípulos(Mt. 26.56) e a traição de Pedro(MT 26.75). A dor só não foi maior porque não foi surpresa para Jesus. Como soe acontecer na exposição de Mateus, Jesus assume a traição como algo esperado, uma vez que fora profetizada(Mt 26.54, 56).
A diferença entre cada caso de traição mencionados no texto foi a motivação e o desfecho. Enquanto Judas traiu por dinheiro, os discípulos o fizeram por medo; enquanto Judas viu no suicídio a solução, os discípulos preferiram apostar no amor de Jesus que "cobre uma multidão de pecados"(I Pd. 4.8).
O Julgamento de Jesus perante o sinédrio - tribunal judeu formado por sacerdotes, anciãos e escribas - foi uma farsa. Os principais sacerdotes já haviam feito o seu julgamento e condenado a Jesus. Portanto, eles não estavam em busca da justiça; apenas buscavam legitimar perante o povo o ato que, de qualquer forma praticariam - a morte de Jesus. Os sacerdotes procuravam testemunhos que pudessem incriminar a Jesus, usando falsas testemunhas mas não achavam de que o acusarem. Finalmente encontraram uma justificativa, acusando Jesus de blasfêmia(26.65). Dessa forma ele foi encaminhado ao governador Pilatos.
Mateus 26.69-75 - Pedro nega a Jesus
Como dissemos anteriormente, a traição de Pedro não ganhou as dimensões da traição de Judas tanto pela motivação quanto pelos desfechos posteriores. Enquanto Judas traiu por dinheiro e depois se suicidou, Pedro o fez por medo e depois se reconciliou, transformando-se num forte líder.
Certamente o registro desse fato, por Mateus, não tinha por objetivo denegrir a imagem de Pedro, diante da Igreja. Não seria para demonstrar que todos nós somos frágeis e mesmo um líder como Pedro também cometeu seus erros. Também não seria para evidenciar a solidão de Jesus no momento crucial de sua existência terrena. A razão mais provável para o registro do acontecimento seria mostrar à comunidade cristã os poderes extraordinários de Jesus de prever as atitudes daqueles que com Ele conviviam.
Seja qual tenha sido o motivo do registro, o fato é que Pedro negou Jesus quando indagado por uma criada; negou Jesus quando denunciado por outra criada e, pela terceira vez, quando denunciado por outras pessoas presentes ao acontecimento.
A LIÇÃO EM FOCO
1. As igrejas têm se caracterizado, ao longo de sua história, como agências reguladoras do comportamento humano. Seu discurso tem sido em torno do que o crente não pode fazer, sempre visando conservar os costumes. Se levados a sério, porém, os critérios apresentados por Jesus, para julgamento da humanidade, causariam uma revolução uma vez que o foco de atenção passaria a ser ajudar a humanidade a ter suas necessidades supridas em termos físicos e emocionais.
2. A páscoa traz consigo uma mensagem positiva para os nosso dias. Ao apontar a vitória da vida sobre a morte, ela reacende em nossos corações a esperança de que os dias difíceis pelos quais passamos serão vencidos e a paz superará a violência que toma conta de nossas cidades. Ela nos indica também que sempre que a submissão à vontade de Deus prevalece, ainda que por um momento nos sintamos no vale da sombra da morte, a vida há de florescer pois, "se o grão de trigo caindo no chão, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto".
A LIÇÃO EM FOCO
1. As igrejas têm se caracterizado, ao longo de sua história, como agências reguladoras do comportamento humano. Seu discurso tem sido em torno do que o crente não pode fazer, sempre visando conservar os costumes. Se levados a sério, porém, os critérios apresentados por Jesus, para julgamento da humanidade, causariam uma revolução uma vez que o foco de atenção passaria a ser ajudar a humanidade a ter suas necessidades supridas em termos físicos e emocionais.
2. A páscoa traz consigo uma mensagem positiva para os nosso dias. Ao apontar a vitória da vida sobre a morte, ela reacende em nossos corações a esperança de que os dias difíceis pelos quais passamos serão vencidos e a paz superará a violência que toma conta de nossas cidades. Ela nos indica também que sempre que a submissão à vontade de Deus prevalece, ainda que por um momento nos sintamos no vale da sombra da morte, a vida há de florescer pois, "se o grão de trigo caindo no chão, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto".
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