sábado, 1 de agosto de 2009

Minha primeira vez numa assembléia da convenção baiana ( em 2007)

Participei, pela primeira vez, da Assembléia Anual da Convenção Batista Baiana e fiquei muito feliz. Não compareci às anteriores por questões de prioridade. Entendi que deveria concentrar esforços e atenção nas questões do meu novo trabalho e decidi que, nos dois primeiros anos, não deveria me envolver.

Não me afino com tudo que existe e acontece na denominação batista, mas a quantidade de elementos que me aproximam dela é maior do que a de qualquer outro grupo. Por isso, administro as diferenças e concentro esforços nas semelhanças.

Além disso, muito do que sou é fruto da cooperação denominacional. Seja através do know-how, dos recursos financeiros ou patrimoniais, em cada ponto da minha história identifico a presença do espírito cooperativo dos batistas.

Fui batizado, por exemplo, por um missionário cuja formação e sustento se deveram à cooperação denominacional. O mesmo ocorreu com minha Igreja de origem e com o seminário onde me preparei para o ministério. Ambos – Igreja e Seminário – existem graças à cooperação denominacional. O subsidio do Plano Cooperativo e as ofertas de membros de igrejas, foram decisivos à minha manutenção no Seminário.

Voltando à Assembléia da Convenção Baiana, foi muito bom chegar a cada reunião e ser recebido por um corredor polonês que, em vez de dar tapas em nossas costas, nos recebia com um sorriso no rosto e um aperto de mãos. Parabéns Igreja Batista de Teosópolis.

Dizem que aperto de mãos tem origem em encontros de inimigos buscando a paz. Para provar seus objetivos pacíficos, demonstravam que estavam desarmados, estendendo mãos vazias.

A celebração da Ceia do Senhor no final da primeira reunião noturna chamou a atenção de todos. Uns, prendendo-se à tese doutrinária que defende à exclusividade da igreja local na realização de tal ato, ou retraíram-se ou participaram em crise. Outros, prendendo-se ao significado contextual – a comunhão no corpo de Cristo – sentiram-se maravilhados com tal iniciativa, logo no início de uma Assembléia.

Confesso que me senti incomodado ao ver o Secretário de Estado, representante do Governador, privilegiado com um assento à mesa diretora e depois de ter dirigido palavra aos convencionais, ser, a meu ver, discreta, mas constrangedoramente discriminado na hora da entrega do pão e do vinho. Deixemos isso, porém, para debates de pé de ouvidos, nos corredores da vida!

O aperto de mãos dos hospedeiros e a celebração da ceia deram um colorido especial ao encontro.

Fato da maior importância histórica, que deveria ser seguido por todas as assembléias convencionais do Brasil, foi a mudança radical na programação da Assembléia. Os três períodos diários foram utilizados para programações distintas.

Pela manhã, cursos de capacitação foram oferecidos a todos os convencionais. Nesta primeira experiência, um convênio com o Instituto Haggai possibilitou a oferta de aprimoramento das qualidades dos participantes, desviando o foco da assembléia dos debates que muita vez nos cansa, para o crescimento individual e coletivo que sempre nos alegra.

Nas tardes, as reuniões foram deliberativas. Para isso mudanças profundas foram realizadas. Aquela infinidade de relatórios repetitivos de organizações, ineficazes do ponto de vista administrativo e de marketing, foi excluída da agenda e todo o tempo dedicado à discussão do relatório dos Conselhos de Coordenação e Fiscal.

Nas noites, a inspiração tomou conta, com destaque para Missões e Serviço.

Talvez por isso, essa assembléia tenha sido a maior da história em número de mensageiros e de pastores presentes e a segunda maior em número de igrejas representadas. Sem dúvidas, uma primeira resposta de esperança depois de tanto tempo de questionamentos pessimistas em torno das estruturas de nossas assembléias e convenções.

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