O amor é assim
1 Coríntios 13.1-13
“O amor é sofredor, é benigno,; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece” (v.4).
O amor é assim: um homem tinha dois filhos. O mais novo pede a herança que lhe pertence, abandona o lar, gasta o dinheiro de forma errada, percebe a bobagem que fez, arrepende-se e volta pra casa na penúria. O pai o recebe com beijos e promove uma festa. O irmão mais velho que não sabia o que era amar, recrimina a atitude do pai.
O amor é assim: um viajante é atacado, seus pertences são roubados e seu corpo é duramente ferido. Por ele passam religiosos que, em face das prioridades institucionais não lhe prestam socorro. Vem um cidadão samaritano, desprezado pelos judeus, interrompe a viagem, cuida de suas feridas, locomove-o até um local adequado, paga as despesas e prossegue a trajetória.
Pra Jesus o amor parece simples assim. Ações concretas em favor do semelhante, especialmente daqueles que estão em adversidade. Sem muito discurso ou altas definições. Não que fosse avesso a clarear conceitos. É que, talvez, compreendesse que nossa necessidade de clarear conceitos pode ser indicador de resistência a eles.
Os cristãos de Corinto eram paupérrimos na arte de amar. A imagem que temos deles é da pior qualidade. A poesia de Paulo, portanto, é uma tentativa de indicar o caminho pelo qual deveriam seguir. Eles não enxergavam o que era amor. Alguém precisava mostrar-lhes. Não por acaso ela é precedida da frase: “Passo agora a mostrar-lhes um caminho mais excelente” (I Cor. 12.31)
Não deveria ser assim com cristãos. Bastaria que, por sabermos que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho...” desejássemos também dar “...a nossa vida por nossos irmãos” (Jo 3.16 e I Jo 3.16), pois o amor é assim.
(Texto produzido para a Revista Manancial, da UFMBB e publicado na 1ª quinzena de maio)
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