sábado, 1 de agosto de 2009

Visão estratégica do casamento (2005)

“Prometo amar-te e respeitar-te, na saúde ou na doença, na riqueza ou na pobreza, na alegria ou na tristeza, até que a morte nos separe”.

Visão Estratégica é linguagem da administração moderna. Expressa aquilo que se deseja ser. Significa que os envolvidos num projeto não somente usarão todas as armas possíveis para tornar realidade o que se pretende, mas também que estarão vigilantes para evitar tudo que impede sua concretização.

Em relação ao casamento, geralmente os noivos tomam conhecimento da frase na hora da cerimônia. Por isso, ainda que carregada de emoção, eles a repetem de maneira mecânica. Ali não há espaço para reflexão. Nem mesmo depois, quando se reúnem para assistir a gravação do evento, o clima estimula reflexão. A compreensão, porém, do que nela é dito, poderia ajudar a enfrentar de maneira diferente a vida a dois.

Provavelmente, quem elaborou a tal frase era experiente em casamento. Diferentemente daqueles que estão iniciando a caminhada, tinha autoridade para afirmar que casamento é feito, também, de doenças, pobreza e tristezas. Os que estão em início de caminhada, conquanto conheçam a famosa expressão de compromisso, raramente visualizam as diversas implicações possíveis - especialmente as desagradáveis - no futuro que se descortina.

Imagine aquele casal que sempre é visto junto e sorrindo. Aquele que, talvez, já tenha até vencido a barreira do Jubileu de Ouro. Aquele que, imagina-se, seria um modelo para novos casais. Pois bem, tenha certeza de que ele teria muito a contar de problemas vividos na relação.

Pobreza? Se nem todos podem dizer que já passaram por momentos de pobreza, na acepção econômica da palavra, a maioria certamente já passou por aperto financeiro, seja por imprevisto, erro de cálculo orçamentário, necessidade de ousar diante de alguma circunstância que exigiu arriscar-se em algum investimento ou até por irresponsabilidade mesmo. Nessas horas de aperto financeiro, se a família, sobretudo o casal, não estiver unida em torno da situação, frustrações ou lamentações corroem o relacionamento.

Enfermidades? Uma coisa é encontrar-se com o outro com alguma dor, na fase de namoro; outra é encontrá-lo freqüentemente reclamando de dor na convivência cotidiana do casamento. Diante de momentos de enfermidade do outro ou, principalmente, quando o outro tem algum tipo permanente de enfermidade, o mau humor exerce pressão e provoca desejo de alívio, não somente para a dor do cônjuge, mas também para a dor que a exposição constante ao desconforto afetivo produz em ambos. Isso pode enfraquecer a relação.

Tristezas? Todos experimentamos ainda que em graus diferentes. Não me refiro a tristezas por problemas alheios. Falo das provocadas pela pessoa com que decidimos dividir “cama, mesa e banho”. São palavras que dizemos na hora e lugar errado. Frustrações por atitudes indesejadas. Lágrimas por ações inesperadas. Enfim, uma lista infinita de possibilidades.

Uma dica é não “absolutizarmos” quaisquer momentos da relação. Tanto os bons, quanto os maus passam. Usando a expressão popularizada por Lulu Santos, eles vão e vem “como uma onda no mar”. Administrá-los com paciência, buscando orientação e força em Deus e, se necessário, em amigos ou pessoas qualificadas, nos primeiros sinais de crise, faz profunda diferença.

É fácil amar e respeitar na riqueza, na alegria e na saúde. Desafio é manter o compromisso e o desejo expressos na hora da formalização do casamento, quando a situação é oposta. Se na adversidade estivermos atentos à promessa e ao desejo de amar e respeitar, dificilmente a relação naufragará.

1 comentários:

Anônimo 20 de setembro de 2009 às 16:50  

Sabiamente e humildemente Jesus nos ensinou a amar, respeitar, perdoar , dentre outros valores importantíssimos para nossas vidas, mas o homem esqueceu-se de aprender essa lição.
Esse legado deixado por Cristo é ensinado há milhões de anos, mesmo assim, o homem na sua prepotência insiste em não aprender e desfrutar das maravilhas que uma realção a dois pode trazer a sua vida.
Seria infinitamente melhor para os casais, se houvesse obidiência, respeito-mutuo, amor, compreensão e o mais árduo de todos para ser cumprido: fidelidade.
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, os casamentos não desfeitos por causa de dinheiro,conforto,doenças.São destruídos exatamente por causa da infidelidade.
As esposas lutam incessantemente pela vida espiritual dos seus esposos,por seus filhos,por seus lares, suas carreiras, seus cargos na igreja suas vidas espirituais, mas há homens que jamais valorizarão todo esse esforço e nas suas inumeras condutas totalmente errônias ,sacrificam seus lares, suas vidas ,seus tudo por momentos de prazer.
Destroem o que Deus o deu de melhor: o amor de uma esposa fiel e temente a Deus, o amor dos filhos que o tem como exemplo, a admiração dos familiares, amigos e irmãos.
Sim, temos q perdoar sem mensuarmos, mas não podemos manter um relacionamento de longos anos onde impera a dor,o sofrimento , desrespeito e o desamor.
Temos que discernir com muito amor em Cristo ,no momento de acolhermos irmãos divorciados que buscam na igreja a solução de reviver uma nova vida em Cristo Jesus.
É justo que esses irmãos sejam fadados a viver sozinhos e infelizes? Ou terão que viver com as humilhações para justificar a sociedade , a igreja que esão casados?
Que o Deus da graça e misericórdia dê entendimento a todos nós para acharmos no amor de Cristo solução sábia , descente e respaudada na palavra para ajudarmos muitas pessoas que se encontram nessa situação.
Não podemos fechar nossos olhos para isto, nem calarmos diante do clamor dos irmãos pela restauração de suas vidas e famílias.
Que abenção de Deus esteja com todos nós! Amém!!!